sábado, 1 de maio de 2010

Outono














a manhã passeia com sua cauda branca lavada com ar que refresca alma, desatenta arrasta o dia desmaiado até beijar a tarde que vai em desassossego caindo pálida amarelecida, caiando o céu de púrpura dourada na preguiça desse dia outonal, a noite em seu traje de gala prata de vago azul ofuscante, sai talhando o sigilo do ar, recolhendo a voz de vácuo do vento, descobrindo as estrelas que se inclinam para mais um espetáculo, e finalmente sobre a cidade vai derramando o luar que espreita largo. E eu faço o silêncio entrar no cochicho do pensamento e sonho baixinho, que é para não despertar os “Deuses”, pois eles não podem ouvir para não desvendarem meus sonhos impossíveis.

(Loló)
(foto minha: praia de São Gonçalo - Paraty - janeiro de 2009)

Um comentário:

  1. Por isso é que vc sumiu. Prá criar estas lindas estórias. Pode ficar no casulo, produzindo mel pros nossos olhos e ouvidos.
    Cida Leal

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